Solução Social

Saúde urbana e ambiental para crianças: a experiência do Clubinho da Mata

Temas Relacionados

Localização

Av. Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro - Rio de Janeiro / RJ

Áreas de Atuação

Educação não formal para a promoção da saúde

Resumo

"O Clubinho da Mata foi criado no ano de 2016 por Juliana Dias Maia da equipe social do Núcleo de Convívio da Fiocruz Mata Atlântica (FMA) como uma estratégia de educação não formal voltada para crianças do entorno imediato do campus, abordando, com muito afeto, brincadeiras e diálogo, questões socioambientais e de cidadania. Após avaliação dos bons resultados obtidos nos dois primeiros anos, o Clubinho da Mata se tornou um programa anual com oficinas realizadas pelas equipes da FMA para trabalhar desde o autoconhecimento e o autocuidado até o contexto social, ambiental e cultural, abordando temas como: consciência corporal e das emoções, cuidados com o corpo e alimentação, percepções sobre a casa e sua relação com a saúde da família, a importância e os cuidados com a água e o saneamento, o reaproveitamento de resíduos, a agricultura urbana agroecológica, a fauna e a flora e sua importância para o bem viver. A metodologia é inspirada na pedagogia de Paulo Freire, para promover um “aprender brincando”, estimulando que as próprias crianças elejam temas de interesse para discussão, exercitem a escuta do outro, a fala diante de todos, as decisões coletivas, o trabalho em grupo e o debate de ideias. Os responsáveis pelas crianças participam de reuniões, oficinas e da organização de eventos de integração, sendo a avaliação do programa ao final de cada ano muito positiva. Os temas na área de saúde urbana e ambiental tem relação direta com o trabalho desenvolvido pelas equipes da FMA e No ano de 2019 a arte e a cultura ganharam uma importância especial a partir da parceria com o Educativo do Museu Bispo do Rosário (mBRAC). Após visita ao campus para conhecer a exposição Olhares e memórias da Colônia desenvolvida com base em oficinas sobre o reconhecimento do território pelas crianças (A Colônia que eu não vi; A Colônia que eu vejo; A Colônia que eu quero), ficou evidente a sintonia do futuro desejado pelas crianças para o território com a proposta de exposição que o Museu estava organizando - Utopias: A vida para todos os tempos e glória. Foram realizadas oficinas artísticas e o resultado foi uma instalação feita com as crianças no Grande Salão deste Museu. Outro desdobramento significativo foram convites para a realização de oficinas em escolas públicas do entorno por equipes da FMA. "É um programa de oficinas desenvolvidas anualmente, pelas equipes da Fiocruz Mata Atlântica (FMA), no contraturno escolar (atividades extraclasse), para crianças de seis a onze anos que residem na antiga Colônia Juliano Moreira e seu entorno. Suas atividades abordam de forma lúdica a saúde urbana e ambiental, visando contribuir para uma cidadania ativa, ao ampliar o olhar sobre o conceito de saúde, ambiente (natural e construído) e o território vivido." "

Local da Implementação da Solução

Rio de janeiro - Colônia Juliano Moreira e entorno - Jacarepaguá/RJ

Abrangência

Regional

Parceiros

Fundação Angelica Goulart, Educativo do Museu Bispo do Rosário (oficina e exposição no Museu) Ações Territorializadas do Museu da Vida para visitação das crianças e suas famílias ao Castelo e ao Museu; Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoár

Quais os principais resultados observados (até agora)?

Trabalhar questões de saúde urbana e ambiental com as crianças e suas famílias no território, abordando o autocuidado, a cidadania, as tecnologias sociais e as relações com o ambiente natural e construído, tendo em vista as múltiplas determinações sociais da saúde. Participaram das edições do Clubinho da Mata entre 2016 e 2019 cerca de 100 crianças residentes no entorno da Fiocruz Mata Atlântica (a edição de 2020 foi cancelada devido à pandemia da Covid-19). Houve uma avaliação muito positiva das próprias crianças e dos responsáveis em rodas de conversa com as crianças e depois com os responsáveis, trazendo relatos de como as primeiras levam para casa muitos dos conteúdos trabalhados nas oficinas. Os casos de descontinuidade ocorreram, na maior parte das vezes, por mudança do turno da escola, doença na família ou pelo fato de não ter uma pessoa para trazer e buscar a criança. A avaliação interna do processo com as várias equipes da FMA revela o compromisso dos profissionais em buscar, a cada ano, aperfeiçoar metodologias para oferecer oficinas que possam ser cada vez mais lúdicas, despertando, sempre, o interesse e a curiosidade. Por isto o programa das oficinas não é fixo e há flexibilidade para mudanças e rearranjos, a introdução de novos conteúdos ou modificação de propostas anteriores. Os mediadores revelaram ter ocorrido um aprendizado constante na interação com as crianças, que enriqueceram e modificaram as propostas conforme o diálogo e as trocas realizadas. Como desdobramentos significativos, além da instalação das crianças no Grande Salão do Museu Bispo do Rosário, na exposição Utopias em 2019, houve convites para a realização de oficinas em escolas públicas do entorno.

Status atual da solução

Em aplicação

Como ocorre/ocorreu a divulgação da Solução?

Informações sobre a solução

Pergunta: Sim Não
A Solução aborda o uso sustentável de recursos, as áreas naturais e o conhecimento tradicional? -
Formou agentes disseminadores do projeto? -