Solução de Serviço

O uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) para vigilância e enfrentamento da Dengue na Atenção Primária

Temas Relacionados

Localização

EQNP 16/20 Área Especial E F - Ceilândia Sul, Ceilândia-DF - Ceilândia-DF / DF

Áreas de Atuação

As UBSs são a porta de entrada para o sistema público de saúde no Brasil e desempenham um papel fundamental no atendimento à saúde básica da população, como consultas médicas, exames básicos, vacinação, planejamento familiar, pré-natal, entre outros.

Resumo

O uso de Sistemas de Informação Geográficas (SIG) na Saúde contribui para uma territorialização mais abrangente e efetiva, no diagnóstico das necessidades do território e da população, na vigilância epidemiológica, no fortalecimento de ações, serviços de saúde, entre outros. Nisso, a elaboração de um mapa detalhado, com dados de infraestrutura urbana, de saneamento básico e de áreas de riscos é essencial, por exemplo, para o enfrentamento da Dengue, entre outras arboviroses, que atingem o território da UBS 17. Os mapas serão compostos de camadas vetoriais dos dados de setores, conjuntos e lotes do território, a delimitação da área de cada equipe, bem como o posicionamentos dos equipamentos e dispositivos sociais. O SIG possui grande capacidade para acessar e integrar diferentes níveis de informações (vetoriais, raster, de superfície e dados de campo e endereços), permite a apresentação e associação dos dados de diferentes formas (tabelas, gráficos e mapas temáticos) e possibilita o mapeamento, a exibição e a análise espacial dos dados relevantes para a vigilância em saúde. Nesse sentido, foram elaborados mapas do território de abrangência da UBS com a delimitação de cada área de equipe e cada lote de moradia, obtendo, portanto, uma maior precisão no georreferenciamento do caso de Dengue ou de outro agravo de saúde. O sistema utilizado é o QGIS, um software livre com código-fonte aberto, multiplataforma de sistema de informação geográfica (SIG) que permite a visualização, edição e análise de dados georreferenciados. Para utilização das equipes no mapeamento e monitoramento da Dengue no território, foi elaborado o Mapa Falante no My Maps, que, a partir das malhas territoriais convertidas no QGIS, vai permitir um georreferenciamento mais prático, dinâmico e compartilhável em tempo real. Cada caso de Dengue notificado no ano de 2022 foi posicionado no seu lote de residência por meio do My Maps (Google) com a identificação do numero de notificação. As camadas dos lotes foram retiradas do Geoportal (SEDURH) ,editadas no QGIS e convertidas para o formado usado no Google Maps. A partir do QGIS foi elaborado o mapa de calor/Kernel com o dimensionamento das aglomerações dos casos de Dengue. A técnica Kernel é uma grande aliada ao se trabalhar com pontos, pois analisa suas concentrações criando zonas visuais de calor (ou adensamento). Essa técnica é útil em mapas com grande quantidade de pontos aglomerados e permite mostrar a maior concentração desses pontos. Essas ferramentas podem ser usadas para correlacionar as questões de saúde à outros aspectos do território como: infraestrutura urbana, saneamento básico, com dados demográficos, áreas de riscos ambientais, entre outros. Esse trabalho busca identificar as áreas de risco mais suscetíveis à Dengue, entre outras arboviroses, e após esse mapeamento, planejar ações de intervenção intersetorial para prevenção e enfrentamento desses agravos. Para o processo de aprimoramento profissional, esse trabalho vai promover oficinas para o uso dessas ferramentas para as equipes da Unidade de Saúde.

Público Alvo

Servidores, Residente e Internos/Estagiários da Unidade Básica de Saúde (UBS)

Local da Implementação da Solução

Área de abrangência da UBS 17 Ceilândia (Pôr do Sol e setor P Sul nas QNP’s 16, 18, 20 e ADE.

Abrangência

Local

Quais os principais resultados observados (até agora)?

A partir da análise dos dados georreferenciados, é possível relacionar os casos de Dengue às condições estruturais e territoriais. A maior concentração de casos notificados estão áreas com a população mais vulnerável, infraestrutura urbana, e de saneamento básico precários ou inexistentes, onde há existência de áreas de risco como piscinas e lagos, entre outros. A distância da UBS até as áreas mais vulneráveis é uma das dificuldades de acesso à saúde por parte da população. O uso dessa ferramenta possibilita um conhecimento mais profundo e detalhado da realidade do território, das condições estruturais e ambientais, bem com contribui para uma vigilância contínua e efetiva e promove o fortalecimento da territorialização em saúde.

Status atual da solução

Em aplicação

Como ocorre/ocorreu a divulgação da Solução?

Informações sobre a solução

Pergunta: Sim Não
A Solução aborda problemas de pobreza? -
A Solução aborda os desafios dos direitos humanos, a justiça social, a equidade para todos os povos? -
A metodologia utilizada é inovadora? -
A Solução possui uma sistematização/metodologia/passo a passo? -
Ocorre a troca de informações? -
Formou agentes disseminadores do projeto? -